O cantor e compositor paulistano Danilo Gusmão revisita seu primeiro disco, “OGÓ”, em um ambicioso projeto: “OGÓ – um álbum visual em quatro atos”, que acaba de ganhar seu quarto e último EP temático, “Além”. Após versar sobre as lutas diárias, o lado poético da vida e o transcendental nos EPs “Peleja”, “Poema” e “Aqui”, essa nova coleção de canções olha para o futuro e abre os caminhos para as inéditas que Danilo Gusmão planeja revelar após seu debut.
“OGÓ” renasce em forma de curtas-metragens que substituem a transmutação do álbum para os palcos – esta foi uma das tantas turnês afetadas pela atual pandemia de Covid-19. O formato do vídeo é o mais próximo do que seria a construção visual para o show. A cenografia de Anaís Karenin, somada à luz de Dimitri Slavov, o figurino de Jucélia da Silva e a direção cênica de Luiz Fernando Marques foram as primeiras ideias que saíram do papel, antes mesmo de “OGÓ” se tornar um álbum visual.
Numa analogia entre o que é etéreo e o que é tátil, aí estão as ideias em sua forma material maturada. Sob a lente de Luiza Calagian o show ganha materialidade por onde possa ser assistido, com ares de um limiar entre terra firme e flutuação.
“Se ‘Aqui’ discorria sobre a materialidade da transcendência, ‘Além’ propõe seu espelhamento, exemplificando centralmente na figura do orixá Exu a força transcendental de tudo aquilo que é material. Para algumas vertentes do candomblé, OGÓ é o condão de Exu, muitas vezes figurado como seu pênis, seu cabelo ou seu bastão, capaz de estabelecer uma ponte entre o mundo dos humanos e dos orixás. É saudando e dando de comer a Exu que se pode promover qualquer comunicação com o que está além de nós. ‘Além’ encerra esse álbum visual que é um presente para Exu, uma oferenda que abre os caminhos para os passos que vêm”, explica.
Assista a “Além”:
Ouça “Além”: https://smarturl.it/DaniloGusmaoAlem
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