
“Naturalmente queríamos manter apenas mulheres na banda, mas acabamos nos permitindo olhar para todas as pessoas”
Desde janeiro desse ano, a banda de São Paulo, The Mönic, estava a procura de alguém para ocupar a posição de baterista após a saída de Daniely. Para isso, a banda abriu um processo seletivo em busca de alguém com a vontade e a energia para fazer música. No final da semana passada, a banda anunciou que o nome escolhido foi o de Thiago Coiote.

imagem via instagram: @thiagoelcoiote
E para contar um pouco mais sobre o processo e de como será o futuro ao lado da The Mönic, convidamos Thiago para um bate papo super legal. Confira a entrevista:
Cabana: Como foi o processo de seleção para a vaga de baterista?
Thiago: A Dani Buarque me convidou a princípio pra fazer uma live no festival Inova com Rock, gravado no estudio Family Mob. Logo de início demonstrei interesse em entrar pra banda, elas anunciaram que estavam buscando baterista, o teste seria tocar duas musicas, Mexico e High, alem de compor a bateria para dois sons novos. Eu fiz o teste como todos que se candidataram para a vaga e acabei passando! Nos ensaios pra live já rolou uma conexão muito boa entre nós e fiquei muito feliz em ser escolhido!
Cabana: E você já havia trabalhado com as meninas antes dessa seletiva?
Thiago: Com a Dani Buarque! Tocamos juntos no Psicotropicais, por volta de 2015.
Cabana: O que mais te animou em fazer parte da banda além das sua experiência tocando ao lado da Dani?
Thiago: O talento delas, a banda é muito boa, as músicas são muito legais! Elas fazem mor corre, levam a sério. Eu sempre fui muito correria na música, e é muito difícil achar pessoas que tem disposição de levar uma banda pra frente, pq não é fácil, ainda mais no nosso país.
Cabana: Falando um pouco nos seus corres, você também tá no projeto Piranhas Sedentas, certo? Acha que vai ser legal brincar um pouco com a sonoridade das duas bandas em trabalhos futuros?
Thiago: Sim tenho o Piranha Sedenta, que é uma parada totalmente diferente, nos discos do Piranha eu que crio e gravo todos os instrumentos e músicas. É uma banda de metal punk que só fala do cotidiano dos animais, de uma maneira peculiar. No fim do ano passado encontrei os integrantes pro Piranha Sedenta e agora fico apenas no vocal. Quanto a The Monic estamos compondo o disco novo e estou muito animado em trabalhar com elas nas novas composições!
Cabana: E quais suas influências na hora de compor?
Thiago: Nossa eu vivo com a chave da criação virada, pra mim tudo tem potencial de virar uma música da hora. A vida em todos os seus aspectos é muito inspiradora.
Artistas que me influênciam: Ramones, Nirvana, Motorhead, Dead Fish, Bob Dylan, Blink 182, The Distillers, Nervosa, Hole.
Cabana: Entrando agora na reta final do nosso papo, nesse período de isolamento, qual foi sua maior dificuldade como músico brasileiro? Tanto com relação a música como mercado quanto como filosofia. Você consegue enxergar um cenário diferente pro futuro da cena nacional num pós pandemia?
Thiago: O mais difícil é ver como a arte é desrespeitada no Brasil. Algo tão essencial na vida das pessoas é abandonado pelo governo. É foda. Esse foi o maior período que fiquei sem fazer um show desde que comecei a tocar. Ser sócio em um estúdio de música tem segurado a onda, mas tenho vários amigos que trabalham na produção de shows que estão passando muita dificuldade. Tenho esperança que quando as coisas voltarem a acontecer o público vai estar seco pra colar em um show, e isso pode impulsionar a cena.
Cabana: Minha última pergunta; Quais são os seus planos pós pandemia? Pretende começar outro resgate ao soldado frango?
Thiago: O frango já está em segurança! Pós pandemia o lance é tocar ao vivo o máximo possível com The Mönic, de preferência divulgando o disco novo que tá em fase de composição!