
Em um governo que ataca a Constituição, a arte também entra no campo do perigo
O Brasil é um país com uma cultura extremamente plural e isso se reflete em vários âmbitos, além disso essa diversidade se arrasta pelo mundo. A mistura de ritmos nas músicas, as adaptações de obras para o cinema e para TV, os artesanatos destacando o regionalismo. São muitos os exemplos que poderiam ser dados, mas esses já mostram a dimensão das nossas riquezas.

Foto: Caetano Veloso | Reprodução: Internet
Porém há mais ou menos uns dois anos, o cenário artístico se tornou crítico e extremamente desvalorizado. Em 2019, o presidente Jair Bolsonaro já começava o seu projeto de apagamento, já que extinguiu o Ministério da Cultura. Na época foi até criado um manifesto com os ex-ministros que repudiavam essa decisão. Toda essa movimentação tem consequências desastrosas, pois os recursos se tornam limitados e as conquistas de anos de trabalho são anuladas.
A Ancine (Agência Nacional de Cinema) também sofreu com uma forte paralisação, inúmeros projetos foram barrados por censura. A instituição acabou se tornando ideológica, como o próprio presidente declarou: “Se não puder ter filtro, nós extinguiremos a Ancine”. Fato é que esse tipo de afirmação se torna grave, já que é dever de um Estado democrático garantir a liberdade de expressão.
Bolsonaro ataca a democracia em todos os sentidos, seu discurso sempre foi pautado na violência e na intolerância. Logo seria inegável que o mesmo também atentaria contra o meio cultural, uma vez que a arte é um símbolo de resistência a toda essa barbárie. De todo modo a cultura deveria ser valorizada tão quanto a ciência, apesar de que nesse governo ambos sofrem com o desprezo. Se confiamos no que é científico para salvar nossas valiosas vidas, deveríamos também confiar no que é artístico para curar nossas almas.
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